Alimentação escolar

Julho é época de férias, momento em que as crianças ficam em seus lares e acabam desacostumando da alimentação servida na escola. O Grupo Executivo de Nutrição preocupando com o assunto entrevistou uma de suas associadas, a nutricionista Monica Monteiro, que trabalha na empresa prestadora de serviços de alimentação GRSA, tendo atuado como nutricionista no Colegio A.Liessin  e atualmente está no Colégio Santo Inácio, como nutricionista responsável pela cantina.
A nutricionista Monica Monteiro

Grupo Executivo de Nutrição: Como é o método de trabalho que você utiliza, na escola, referente à alimentação das crianças? 

Monica Monteiro: Utilizamos educação nutricional no restaurante e também a nova legislação para cantinas, LEI Nº 4508, DE 11 DE JANEIRO DE 2005 (que pode ser acessada aqui.).

GEN: Quais são os alimentos mais adequados para alimentação infantil? 

MM: Sem gordura trans, com pouco sódio e ricos em fibras.  Em um restaurante escolar o cuidado e preocupação com a alimentação balanceada é bem maior. Começa desde a colação (composto por leites e derivados e sanduíches)  até o lanche da tarde (sucos e biscoitos), passando pelo almoço (composto por saladas, frutas, carnes magras).

GEN: Quais são os principais alimentos que as crianças devem evitar? 

MM: Frituras, doces, balas, condimentos e refrigerantes.

GEN: Quando as crianças retornam das férias, trazem muitos hábitos alimentares alterados? Há um trabalho de conscientização com essas crianças assim que elas retornam às aulas? 

MM: Como o trabalho de educação nutricional é feito em conjunto com os pais (o cardápio é disponibilizado para eles) fica mais fácil manter os hábitos ensinados. Existe esse trabalho de educação nutricional, essa conscientização é feita por meio de cartazes e dicas expostas acima dos balcões de distribuição. 

GEN: Quais os principais alimentos consumidos pelos alunos atualmente? 

MM: Como além das refeições, eles tem disponíveis durante os intervalos produtos da cantina, oferecidos de acordo com a legislação vigente, com maior consumo de mate e pão de queijo. No restaurante eles são adeptos das carnes e legumes/verduras.

GEN: De acordo com o IBGE, o número de crianças e adolescentes obesos no país já chega a 6 milhões. Em caso de crianças com sobrepeso, há uma preocupação em conversar com os pais para que eles saibam que é necessário manter a regra também dentro de casa, referente à alimentação? 

MM: A presença de nutricionistas nas escolas, acompanhando as dietas encaminhadas pelos pais, ajuda a prevenir a obesidade. Diariamente estas listas são atualizadas para que a dieta seja produzida, personalizada e esteja disponível na hora da refeição. Não só para obesidade, mas também para outras patologias.

GEN: Levando em consideração a grande diferença de faixa etária que você trabalha, já que o Colégio Santo Inácio atende crianças da pré-escola até adolescentes no ensino médio, existe algum trabalho de conscientização direcionado para cada faixa etária? Se sim, especifique alguns desses trabalhos? 

MM: No Santo Inácio só trabalhamos com cantina, não há refeição para alunos então o cuidado que se toma é em relação aos produtos vendidos. Os pequenos não são autorizados a lanchar na cantina, os alunos só tem permissão a partir do 2º ano. Já no A. Liessen, os cardápios são específicos de cada faixa etária e a própria escola desenvolve junto à nutricionista e aos professores projetos de educação nutricional e apresentação dos alimentos.

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